ISCTE vai atribuir honoris causa a Pacheco Pereira, Correia de Campos e Nuno Portas

O Instituto Universitário de Lisboa vai atribuir doutoramentos Honoris Causa ao historiador José Pacheco Pereira, ao ex-ministro António Correia de Campos e ao arquiteto Nuno Portas, numa cerimónia na qual estará o Presidente da República, foi anunciado.

No âmbito do 48º aniversário da instituição, o ISCTE anunciou que a 16 de dezembro “a universidade irá distinguir três personalidades portuguesas de mérito excecional, publicamente reconhecido”, evento que “contará com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa”.

Citada no comunicado, a reitora e ex-ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, destaca “a valorização da memória para a produção de conhecimento” do comentador, ex-vice presidente do Parlamento Europeu e ex-dirigente do PSD, José Pacheco Pereira, um dos homenageados.

“O país deve a Pacheco Pereira a valorização da importância das evidências da vida política e quotidiana, as quais são fundamentais para a produção de conhecimento científico rigoroso”, lê-se no texto.

Ao socialista António Correia de Campos, ex-ministro da Saúde e ex-presidente do Conselho Económico e Social, é reconhecida a “junção virtuosa entre a produção de conhecimento e a atuação política”.  “Distinguiu-se sempre pelo uso de informação comparada, nacional e internacional, num país onde a informação e o conhecimento são muitas vezes esquecidos por quem passa pelo poder”, sublinha a reitora.

Nuno Portas, arquiteto e ex-secretário de Estado da Habitação e Urbanismo nos três primeiros governos provisórios após o 25 de Abril, é reconhecido como “um pioneiro da combinação da arquitetura com o urbanismo e com as ciências sociais”, salientando-se “a sua investigação, e o seu trabalho de uma vida, para proporcionar habitação digna e habitação acessível aos portugueses”.

“Esta atribuição dos doutoramentos honoris causa é, por isso, um ato académico de grande relevância: apesar do contexto marcado pela pandemia da covid-19 em que vivemos, a Academia não fechou nem desiste da produção de conhecimento, reconhecendo publicamente quem o fez de forma excecional e exemplar ao longo da sua vida”, sustenta a nota.

A cerimónia, que decorrerá no dia 16 de dezembro, “será feita perante um número reduzido de autoridades académicas”, devido ao contexto pandémico, contando também com transmissão `online`.

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