Irão está disposto a “gastar todas as vidas árabes” nos esforços para destruir Israel, alerta ex-conselheiro de Segurança dos EUA

HR McMaster, antigo Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA durante o mandato presidencial de Trump, alertou para as intenções do Irão de “gastar toda e cada vida árabe” na sua tentativa de pôr fim à influência ocidental no Médio Oriente e destruir Israel.

Numa entrevista à Sky News, McMaster afirmou que persiste o risco de escalada entre o Irão e Israel, após ambos os países terem realizado ataques mútuos em abril. O Irão justificou o seu ataque em 13 de abril como retaliação após dois dos seus generais terem sido num ataque na capital da Síria, Damasco, atribuído a Israel.

Israel respondeu ao ataque iraniano com um ataque a Isfahan – onde se encontra uma base militar e um local nuclear no Irão.

“É uma estratégia na qual o Irão espera que continuemos a agir como se não soubéssemos o endereço de retorno para toda esta violência”, afirmou McMaster sobre a postura iraniana. Ele acrescentou: “E, de forma horrível e cínica, o Irão está disposto a gastar cada vida árabe, se necessário, para alcançar os seus objetivos de empurrar os Estados Unidos, o Reino Unido e os nossos aliados para fora da região como o primeiro passo para estabelecer o poder hegemónico na região e destruir Israel.”

Quanto à possibilidade de uma resposta liderada pelo Ocidente a futuras agressões iranianas na região, McMaster considerou que é uma questão iminente, dada a crescente ousadia do Irão e a sua capacidade de mobilização internacional.

“Absolutamente, acho que isso está a acontecer porque o Irão parece estar mais audacioso, mesmo tendo todo o tipo de dissidências internas acontecer agora”, afirmou McMaster sobre a possibilidade de o Ocidente liderar uma resposta. Parecem estar mais ousados internacionalmente… Acho que é preciso dizer aos iranianos que vamos começar a impor custos severos”, considerou.

O ex-conselheiro também lamentou a redução na capacidade das forças armadas do Reino Unido, alertando para a vulnerabilidade crescente do país diante de ameaças como mísseis e drones, resultante de décadas de cortes orçamentários.

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