Investimentos milionários em risco: Truss quer banir painéis solares de mais de metade dos terrenos do país e justifica com “necessidade” de produzir alimentos

A primeira-ministra inglesa, Liz Truss, desenvolveu um plano no qual quer proibir a instalação de painéis solares em mais de metade (58%) do território agrícola do Reino Unido – que representa 41% de todo o país -, alegando a necessidade de maximizar a capacidade de produção alimentar.

O plano já encontrou oposição interna no seu secretário de estado para os Negócios e Energia, Jacob Rees-Mogg, defensor da expansão da produção de energia solar no Reino Unido, como revela o The Guardian.

A energia solar, quer em centrais fotovoltaicas, quer através dos painéis solares instalados nos tectos de habitações, representa atualmente 4% do total de energia produzida no Reino Unido, com mais de13,5 de capacidade de produção, tendo crescido exponencialmente durante o mandato do antigo primeiro-ministro David Cameron.

O pano de ‘proibição solar’ em território agrícola de Truss tem o apoio do seu secretário de estado do Ambiente, mas pode pôr em causa uma série de investimentos planeados no setor da energia solar, num total de 23 mil milhões de euros em centrais fotovoltaicas, previstos para os próximos anos, adianta o Financial Times.

“Se o plano avançar, será uma ameaça a projetos maiores do que 30 gigawatts de produção na segunda metade desta década, e será um balde de água fria para todos aqueles que querem investir nas energias renováveis”, lamentou Chris Hewett, presidente executivo da empresa de energia Solar.EnergyUK.

O plano surge depois de, na campanha que a levou à liderança do Parido Conservador, Liz Truss ter anunciado a sua intenção de “aumentar a produção de colheitas e de gado” e limitar a construção de centrais fotovoltaicas no Reino Unido.

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