Investidores mantêm 22% do seu dinheiro parado
O inquérito UBS Sentiment Survey da empresa de serviços financeiros UBS Wealth Management revela que muitos investidores têm optado por manter cerca de 22% das suas poupanças em liquidez.
De acordo com as respostas obtidas pela UBS Wealth Management junto dos investidores, esta realidade é explicada por os aforradores não encontrarem, de imediato, opções válidas para alocarem o seu dinheiro. Por essa razão 43% dos inquiridos revelam estarem à espera do investimento adequado.
Porém, as estatísticas revelam também que cerca de 41% dos inquiridos justifica a alocação das suas poupanças em ativos líquidos com baixa ou nenhuma rendibilidade por utilizarem este dinheiro como um fundo de emergência, para fazer face a um qualquer gasto inesperado.
“As posições em liquidez dos investidores continuam a ser muito superiores às nossas alocações recomendadas, especialmente tendo em conta o atual contexto económico e de mercado atual, pelo que é animador que queiram investir mais em ações”, explica o presidente da UBS Américas e copresidente da UBS Global Wealth Management, Tom Naratil.
Contudo, verifica-se também uma confiança no aumento da sua exposição ao mercado acionista por parte de outros investidores, por conta das também forte valorizações das cotações das ações. Segundo o UBS, 41% dos inquiridos revela que aumentou a sua confiança em relação às ações, contra os 12% que consideram o contrário.
O inquérito do UBS destaca também que 70% dos inquiridos mostrou-se otimista quanto às perspetivas do mercado de valores para os próximos seis meses; a Europa surge como o mercado mais positivo, com 73% dos investidores à espera de uma continuidade da subida dos ganhos.
Perante a subida da inflação nos primeiros meses de 2021 e de os preços continuarem a aumentar, muitos investidores inquiridos admitem pôr o seu dinheiro a trabalhar, com 41% a avançar que irá aumentar o peso das ações na sua carteira.
Por outro lado, 31% afirmam que pretendem recorrer ao investimento imobiliário. Outros 31% pretendem optar por investimento responsável e 30% admitem responder a esse aumento de preços através de um aumento da sua posição em matérias-primas.