Investidores apontam 1,3 biliões de euros a fundos mais seguros. Certificados de Aforro e do Tesouro entre as opções mais populares

Numa época marcada por uma elevada inflação e com as taxas de juro a atingirem máximos de mais de uma década, o receio de uma crise no setor bancário está a encaminhar os investidores para opções de investimento mais seguras.

De acordo com o Barcklays, estão previstos entrar em fundos mais seguros cerca de 1,5 biliões de dólares (1,3 biliões de euros) durante o presente ano, uma mostra de como os investidores procuram rendimentos mais altos e maior segurança, revela a ‘Bloomberg’.

As opções dos Governos, com títulos com um baixo risco de investimento, têm sido um dos principais focos dos investidores, como é o caso dos Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro em Portugal.

Joseph Abate, estratega de mercado monetário do Barclays, sublinhou em nota enviada aos clientes que, “embora pareça que as preocupações com a solvência bancária estão a desaparecer, estas parecem ter chamado a atenção destes depósitos. Os investidores institucionais perceberam que não estavam a receber tanta compensação por assumir riscos bancários não garantidos”.

O valor médio diário investido em certificados em Portugal no último trimestre de 2022 ascendeu a 71,5 milhões de euros, mais do dobro da média diária observada no total do ano e que foi de 32,7 milhões de euros.

Estes dados constam o Relatório Integrado de 2022 dos CTT que indicam que aqueles 32,7 milhões de euros de valor médio diário em subscrições ao longo do ano passado comparam com uma média diária de 17,6 milhões de euros em 2021.

Ao longo do ano passado, o montante de novas entradas de dinheiro (subscrições) nos certificados ascendeu a 8.138 milhões de euros, fazendo o saldo dos Certificados de Aforro (CA) fechar o ano em 19.625 milhões de euros, um novo máximo desde 1998.

A subida das taxas Euribor – indexante que integra a fórmula de cálculo dos Certificados de Aforro – e consequente aumento da taxa de rentabilidade impulsionou a procura deste produto por parte dos consumidores, com os dados a mostrarem que esta se intensificou na segunda metade do ano.

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