Interrogatório a José Castelo Branco adiado devido a greve de funcionários judiciais

O primeiro interrogatório judicial a José Castelo Branco, suspeito de violência doméstica contra a mulher, Betty Grafstein, foi adiado devido à greve de funcionários judiciais.

O socialite já se encontrava no Tribunal de Sintra, ao início da tarde, quando foi comunicado o adiamento. Assim, José Castelo Branco terá de passar a noite no posto da GNR de Alcabideche, avança a SIC.

José Castelo Branco foi detido esta terça-feira por suspeitas de violência doméstica contra a mulher, Betty Grafstein, de 95 anos. O socialite foi surpreendido na casa onde está a residir, no Estoril.

Segundo avança a TVI, José Castelo Branco foi detido pela GNR, que cumpriu um mandado de captura emitido pelo DIAP de Sintra. Seria no interrogatório de hoje que ficaria a conhecer as medidas de coação que lhe seriam aplicadas.

A detenção surge dias depois de se conhecer que Betty Grafstein terá denunciado no hospital onde se encontra internada, após uma queda, que seria alvo de agressões por parte do marido, e os médicos que a acompanham, por se tratar de um crime público, acabaram por fazer queixa Ás autoridades.

A abertura de inquérito por parte do MP trouxe à tona relatos preocupantes de pessoas que conviveram com o socialite e a mulher, Betty Grafstein, destacando episódios de maus-tratos que já eram conhecidos, mas que até agora não tinham sido divulgados.

Uma antiga funcionária, em entrevista ao Correio da Manhã (CM), revelou que Betty Grafstein, atualmente internada com um fémur partido e pneumonia, tem sido vítima de violência há vários anos.

A testemunha relata um episódio ocorrido cerca de 10 anos atrás, onde presenciou José Castelo Branco agredir a mulher. “Ele era violento, presenciei pelo menos um episódio em que ele deu duas bofetadas à Betty, ela chorava e tinha a cara toda vermelha. Quando o apanhei ele ainda lhe queria bater mais. Depois negou tudo e disse que estava a fazer mimos. Enfrentei-o e disse-lhe que à minha frente ele não fazia aquilo”, conta a testemunha, sem se querer identificar, por temer represálias.

Segundo esta fonte, Betty terá finalmente perdido o medo de denunciar os episódios de violência.

O Hospital CUF Cascais, onde Betty Grafstein está internada desde 20 de abril, enviou uma denúncia ao Ministério Público, nomeando cinco profissionais de saúde como testemunhas. Betty, de 95 anos, teria relatado a diferentes pessoas episódios de violência física e psicológica, incluindo o relato de ter sido empurrada pelo marido e sofrido uma queda.

Quando deu entrada no hospital, Betty apresentava ferimentos no antebraço esquerdo e escoriações no cotovelo, sendo posteriormente diagnosticada com o fémur partido. José Castelo Branco está impedido de visitar a esposa, a pedido dela ao hospital e à Guarda Nacional Republicana (GNR). Um exame neurológico confirmou que Betty está cognitivamente bem e orientada.

A GNR, antes de proceder à detenção, começou ontem a ouvir testemunhas, incluindo os profissionais de saúde a quem Betty Grafstein relatou os maus-tratos. Relatórios detalhados foram elaborados, descrevendo os abusos sofridos pela vítima.

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