Intel reitera que escassez global de chips pode afinal durar vários anos. Empresa quer investir na Europa

O CEO da Intel Corp acredita que a escassez global de chips pode, afinal, demorar vários anos até que seja resolvida, ao contrário dos dois anos inicialmente apontados.

Pat Gelsinger disse, no decorrer da feira Computex, uma exposição de computadores realizada anualmente em Taipei, Taiwan, que a tendência de trabalhar e estudar em casa durante a pandemia de Covid-19 levou a um “ciclo de crescimento explosivo por semicondutores” que colocou uma enorme pressão no mercado global redes de fornecimento.

“Embora a indústria tenha tomado medidas para lidar com as restrições a curto prazo, ainda pode levar alguns anos para o ecossistema lidar com a escassez da capacidade de fundição, substratos e componentes”, referiu o CEO.

O problema da escassez de semicondutores fechou algumas linhas de produção de automóveis, mas também do setor eletrónico, com várias empresas a sentirem os efeitos desta crise.

Está agora nos planos da Intel começar a produzir chips dentro de seis a nove meses, para resolver a escassez nas fábricas de automóveis dos EUA, com um plano já previsto de 16,3 mil milhões de euros para expandir a sua capacidade.

“Planeamos expandir a nossa atividade para outras localidades nos EUA e na Europa, garantindo uma cadeia de fornecimento de semicondutores sustentável e segura para o mundo”, disse Gelsinger, citado pela Reuters, sem adiantar mais detalhes.

O desafio foi direto a duas outras empresas no mundo que podem fazer os chips mais avançados: a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co Ltd (TSMC) e Samsung Electronics Co Ltd. da Coreia do Sul. Ambas passaram a dominar o negócio de fabrico de semicondutores, movendo o seu centro de gravidade dos Estados Unidos, onde grande parte da tecnologia já foi inventada, para a Ásia, onde mais de dois terços dos chips avançados são fabricados.

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