Inflação homóloga na OCDE cai para 6,5% em maio, o valor mais baixo desde dezembro de 2021

A inflação nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) voltou a abrandar em maio, em termos homólogos, para 6,5%, abaixo dos 7,4% de abril e o nível mais baixo desde dezembro de 2021.

De acordo com um comunicado divulgado hoje pela OCDE, entre abril e maio a taxa de inflação diminuiu em todos os países-membros da organização, com exceção da Holanda, Noruega e Reino Unido, variando entre menos de 3% na Costa Rica, Grécia e Dinamarca e mais de 20% na Hungria e na Turquia.

Em linha com os meses anteriores, a inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) recuou a um ritmo bastante inferior, fixando-se nos 6,9% em maio, face aos 7,1% de abril.

A evolução homóloga dos preços da energia nos países da OCDE caiu para -5,1% em maio, face a 0,7% em abril, registando valores negativos em 16 países da organização, mas permanecendo acima de 10% na Letónia, Itália, República Checa, Colômbia e Hungria.

Os preços dos alimentos continuaram a desacelerar em termos homólogos, atingindo 11,0% em maio de 2023, abaixo dos 12,1% de abril, registando uma quebra em 34 países da OCDE.

No G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo, composto pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) a inflação homóloga caiu para 4,6% em maio, contra 5,4% em abril, atingindo o nível mais baixo desde setembro de 2021.

A inflação diminuiu em todos os países do G7, exceto no Reino Unido, tendo registado as taxas mais baixas no Japão e no Canadá, em ambos os casos abaixo de 3,5%.

Os alimentos e a energia continuaram a ser os principais motores da inflação na Itália, enquanto a inflação subjacente foi o principal impulsionador dos preços em França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

Na zona euro, a inflação homóloga, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), desceu para 6,1% em maio, face a 7,0% em abril, sendo que a estimativa rápida do Eurostat para junho de 2023 aponta para uma nova queda da inflação homóloga, para 5,5%.

No G20 (composto por 19 países – Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos – e pela União Europeia), a inflação homóloga desceu para 5,9% em maio, face a 6,5% em abril.

Fora da OCDE, a inflação diminuiu no Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul, mas aumentou na Argentina, mantendo-se estável na China e na Arábia Saudita.

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