Inflação e desemprego nos EUA não fazem soar os alarmes da Fed

Charles Evans, presidente da Reserva Federal de Chicago, afirmou esta segunda-feira que o desemprego e a inflação terão de subir consideravelmente para que a sua posição sobre a política monetária do país seja modificada, de acordo com a CNBC.

No rescaldo da divulgação do relatório pelo Departamento do Trabalho, Evans mostrou-se otimista em relação aos últimos dados do mercado de trabalho, apesar do crescimento dececionante em abril.

Segundo Evans, que atua no Federal Open Market Committee, o órgão de formulação de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), a conjuntura do emprego é forte, embora haja áreas de fraqueza evidente. “É um pouco mais complicado. Estamos a retomar a economia. Muitos setores estão a sentir dores de crescimento”, afirmou Evans, numa entrevista concedida no programa “Squawk Box” da estação norte-americana.

“Esperemos que seja apenas um mês e vamos conseguir melhorar o emprego”, referiu o responsável. Evans considera que o mercado de trabalho continua a receber fortes políticas de apoio político através dos milhões gastos no Congresso e das próprias políticas da Fed.

Os investidores debruçam-se agora sobre o recuo da Fed nas medidas, que mantém as taxas de empréstimo de curto prazo próximas de zero e continua a comprar pelo menos 120 mil milhões de dólares de obrigações por mês.

A inflação no país continua a ser inferior ao objetivo médio do Fed, que é de 2%, sendo que, no entender de Evans, poderão ser necessários vários meses até se atingir essa meta. “Para chegar à média de 2% tem de se estar acima dos 2% durante algum período de tempo”, afirmou.

“Portanto, taxas de inflação de 2,5% não me incomodam, desde que seja consistente com uma média de 2% durante algum período de tempo”, defendeu ainda Evans. No final do ano passado, a inflação estava nos 1,25%.

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