“Independência pode ser alcançada dentro de cinco anos”: novo primeiro-ministro da Escócia quer reunir maior apoio a favor da secessão

O novo primeiro-ministro da Escócia, John Swinney, que tomou posse esta semana em substituição de Humza Yousaf, considerou viável que a Escócia consiga alcançar a independência a curto prazo, dentro de cinco anos, “porque os argumentos a favor são convincentes”.

Nos últimos dias, Swinney, de 60 anos, deixou claro em sucessivos discursos que a secessão será um objetivo prioritário para o Partido Nacional Escocês (SNP): em entrevista esta sexta-feira à ‘Sky News’, a independência é a “resposta” a alguns dos grandes problemas que enfrenta a Escócia – tais como o aumento do custo de vida e as implicações da saída do Reino Unido da União Europeia.

“Ambos são fatores estratégicos que estão a causar sérios danos económicos e sociais à Escócia”, garante Swineey, que depois atribuiu ambas as questões a “más decisões tomadas em Westminster” – nesse sentido, os escoceses votaram na sua maioria a favor da permanência na UE no referendo de junho de 2016, após o referendo de independência de setembro de 2014.

O novo líder escocês tem defendido trabalhar para conseguir “maior apoio” a favor da independência, que parece ter perdido alguma força nas sondagens. Na verdade, o Partido Trabalhista luta para tirar o primeiro lugar do SNP nas intenções de voto e os independentistas correm o risco de perder o Governo nas próximas eleições – em princípio, marcadas para 2026.