Incerteza económica gera interesse para melhorar literacia financeira em toda a Europa

Para assinalar o Dia Internacional da Educação, hoje, o mais recente estudo da Intrum, ECPR2021, demonstra que a educação financeira é um conceito a ganhar cada vez mais dimensão e a incerteza económica tem gerado um novo interesse em melhorar a literacia financeira em toda a Europa.

Literacia financeira é a capacidade de entender como se gere o dinheiro: o conjunto de competências e conhecimentos que nos permitem tomar decisões financeiras informadas e eficazes. Mas apesar de ser um conceito cada vez mais falado, o seu significado ainda gera dúvidas. Rendimentos reduzidos, a incerteza do emprego e a perspetiva de uma recessão global significa que agora, mais do que nunca, os consumidores devem estar munidos do conhecimento necessário para gerir as suas finanças.

O aumento da inflação na Europa, causado em grande parte pelo aumento dos preços da energia e a interrupção de cadeias de abastecimento, já está a aumentar a ansiedade financeira entre os consumidores. No entanto, há muita incerteza sobre o que a inflação significaria para as famílias.

De acordo com o estudo ECPR2021, apenas 64% dos inquiridos compreendem como o seu dinheiro seria afetado se a inflação fosse maior do que a taxa de juros sobre a poupança. Um exemplo que realça a necessidade de uma educação financeira mais sólida, de forma a chegar mais perto da totalidade dos cidadãos.

“Vemos que os consumidores estão a dar mais ênfase à literacia financeira e muitos dizem que a pandemia os motivou nesse sentido”, diz Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal. Após anos com custos de empréstimos extremamente baixos, a recente aceleração da inflação e pressão sobre as taxas de juros significa que esse interesse é um sinal positivo. Compreender os riscos económicos e como gerir o dinheiro é a base do bem-estar financeiro e de um futuro estável.

Salienta-se que, ao analisar a origem do aconselhamento financeiro, verificam-se algumas diferenças entre homens e mulheres. Em Portugal, os bancos são a principal fonte de aconselhamento: 41% (mulheres) e 36% (homens). A nível europeu, os valores são semelhantes, registando 40% e 34% respetivamente.

 

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