Incêndios: Serra da Estrela ardeu o equivalente a 10 mil campos de futebol em 3 dias, avança Proteção Civil

Esta manhã, durante a habitual comunicação sobre o estado dos incêndios no país, o Comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, afirmou que o incêndio na Serra da Estrela já queimou cerca de 10 mil hectares desde que foi registada a sua reativação na passada segunda-feira, dia 15 de agosto, ou seja, o equivalente da 10 mil campos de futebol.

O incêndio envolve atualmente 1.249 operacionais, 393 meios terrestres e 14 aéreos, e são mantidos 18 grupos de reforço “oriundos de corpos de bombeiros de diferentes distritos do país”.

Num incêndio com um perímetro total de cerca de 160 quilómetros, “90% do perímetro do incêndio encontra-se dominado”, assegura o responsável, acrescentado que o incêndio mantém uma frente ativa do lado de Castelo Branco.

A primeira prioridade para o dia de hoje é “a contenção da frente junto à Quinta da Atalaia/Teixoso, que será a zona com maior pressão face à previsão do vento”, uma frente com cerca de quatro quilómetros e meio de extensão.

A segunda prioridade é “a ancoragem efetiva na frente do distrito da Guarda”, entre Gonçalo e Famalicão da Serra, para que garantir quer não haja reativações.

Cinco “ocorrências significativas que ainda se encontram em resolução”: duas no distrito de Castelo Branco, uma na Guarda e duas em Santarém.

Esta manhã o Presidente do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), Jorge Miguel Miranda, e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, estiveram reunidos para discutir o que o clima reserva para os próximos tempos.

José Luís Carneiro revelou que se espera uma terceira vaga de calor, que vai chegar a partir do próximo sábado, dia 20 de agosto, e vai prolongar-se pelo mês de setembro.

“Vamos ter tempo, em regra, mais quente do que os setembros anteriores entre 50% e 60% e mais seco entre 40% e 50%”, afirmou. “Acho que isto diz tudo dos riscos acrescidos que teremos de enfrentar”.

Sobre o cenário colocado em cima da mesa, André Fernandes aponta que “vamos fazer essa avaliação com calma e ponderação” analisar quais as áreas mais vulneráveis ao risco de incêndio.

Segundo a informação provisória recolhida até hoje e disponível no ‘site’ do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), já arderam este ano 92.197 hectares em espaços rurais, sendo que mais de metade são povoamentos florestais, 38% representa área ardida de mato e 10% área agrícola.

No total, segundo a mesma fonte, este ano já foram registadas 8.525 ocorrências.

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