Incêndios: Frente de fogo em Coimbra na zona da EN 17 é a que mais preocupa

O incêndio que se mantém ativo desde quinta-feira no concelho de Coimbra tem duas frentes ativas e a que mais preocupa os bombeiros é a da zona de São Frutuoso, junto à Estrada Nacional (EN) 17, disse fonte camarária.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Lopes, vereador com o pelouro do Proteção Civil, frisou que a frente de incêndio da zona de São Frutuoso, localidade situada junto à EN 17 e rio Ceira, estava a lavrar “com mais intensidade” e onde era “mais complicado chegar com meios terrestres”, devido aos acessos difíceis ou praticamente inexistentes nas íngremes encostas daquela área.

Num ponto de situação feito cerca das 10:00 de hoje, o vereador da Câmara de Coimbra notou que os meios aéreos começaram a operar ao início da manhã, no apoio aos mais de 500 operacionais no terreno, e que as chamas se mantêm em zona florestal de eucalipto e pinheiro, sem ameaçarem diretamente povoações.

O autarca explicou que o incêndio “mantêm-se só no território do concelho de Coimbra”, observando, no entanto, que a zona de São Frutuoso é “historicamente” uma zona “complicada”, ficando na transição com o município vizinho de Vila Nova de Poiares, onde a orografia do terreno “é também muito complexa”.

“E estamos a evitar a todo o custo que isso possa acontecer”, enfatizou Carlos Lopes.

A segunda frente, em Palheiros, freguesia de Torres do Mondego – onde o incêndio começou pelas 15:19 de quinta-feira – “está mais estabilizada”, tendo as autoridades, durante a noite, conseguido chegar à linha de fogo com o auxílio de máquinas de rasto.

Durante a noite e madrugada de hoje, a humidade relativa, que chegou aos 70% entre as 03:00 e as 05:00, “também ajudou a acalmar um bocadinho as chamas”, indicou o vereador.

Carlos Lopes admitiu que as previsões meteorológicas para as próximas horas possam ser um aliado dos operacionais no terreno, já que “a partir das cinco da tarde [17:00] poderá surgir alguma pluviosidade, o que era importantíssimo para consolidarmos esta estabilização dos incêndios e entramos numa fase de rescaldo”, notou.

De acordo com a página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 10:40 de hoje combatiam as chamas em Coimbra um total de 540 operacionais, apoiados por 169 viaturas e nove meios aéreos.

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