Imobiliário: Número e valor de transacções atingem máximos de 10 anos

As transacções de imóveis em Portugal aumentaram 6,8%, para 242.091, em 2018, face ao ano anterior, e o investimento subiu 7,5%, para 26,1 mil milhões de euros, atingindo máximos de 10 anos, divulgou esta segunda-feira a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

«Infelizmente o crescimento foi pelo menor número previsto pela APEMIP», afirma Luís Lima, presidente da APEMIT, justificando que «não surpreende, uma vez que a falta de stock e os preços elevados acabaram por influenciar o número total de negócios concretizados». As previsões da APEMIP, recorde-se, apontavam inicialmente para um crescimento entre os 7% e os 10%.

E sublinha: «Os números são claros e demonstram bem a importância que o imobiliário tem no panorama económico nacional. Mais de 26,1 mil milhões de euros é o que o sector representa apenas em investimento directo, mas em termos globais poderemos multiplica-lo por três ou quatro, representando o investimento inerente a outros sectores».

Do total de activos transaccionados (urbanos, rústicos e mistos, 29,8% situam-se na região Norte, 25,7% na região Centro, 25% na Área Metropolitana de Lisboa, 8,6% na região do Algarve, 6,5% no Alentejo, 2,4% nos Açores e 2% na Madeira, segundo dados oficiais recolhidos pelo Gabinete de Estudos da APEMIP.

No que diz respeito aos valores de transacção, foi a Área Metropolitana de Lisboa que agregou maior número de investimento: 11,9 mil milhões de euros. Seguiu-se a região Norte, com 5,7 mil milhões e a região do Algarve com 3,3 mil milhões de euros.

«Apesar de haver mais transações na região Norte e Centro do que na Área Metropolitana de Lisboa, o valor investido na última é superior, representando quase metade do total do investimento feito em imobiliário em Portugal. Tal justifica-se pelo valor dos ativos nesta região que é superior, sendo também aquela que mais sofre da escassez de oferta imobiliária que se verifica hoje no mercado», explica o representante das imobiliárias.

Do total de activos transacionados, 73,8% dizem respeito à venda de alojamentos familiares. Já no que toca a investimento, este segmento representa 92,3% do valor total das vendas.

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