Imigração é “oportunidade para sustentar o desenvolvimento económico”, garante Costa

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que a União Europeia (UE) tem de olhar para a imigração como uma oportunidade para o desenvolvimento económico e apontou o pacto para as migrações como “instrumento essencial”.

“Ao Conselho Europeu compete fazer o endosso político dessa decisão. O pacto das migrações é um instrumento essencial para podermos ter uma política migratória que funciona, tem aqui um primeiro pilar”, sustentou António Costa, à entrada de uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, que vai dedicar grande parte da discussão a este tema.

Na opinião do primeiro-ministro os Estados-membros da UE têm de “perceber que a imigração não é um problema, mas uma necessidade” e pode, inclusive, ser “uma oportunidade para sustentar o desenvolvimento económico” dos 27.

O chefe do Governo português referiu que o pacto proposto tem de abranger a cooperação com “os países de origem” das pessoas que chegam às fronteiras europeias, “para criar condições de garantir de respeito pelos direitos”, assim como a “adaptação às condições climáticas”.

Na ótica de António Costa, a UE tem de demonstrar “uma ação responsável”.

Sobre o não endosso das apelidadas “propostas inovadoras” para a imigração, António Costa considerou que “soluções inovadoras são sempre bem-vindas, desde que se saibam quais são essas soluções”.

“Inovadoras só por si não são uma garantia que sejam boas, portanto, em função de serem boas ou más, apoiaremos ou não apoiaremos, mas receio que essas soluções inovadoras não sejam boas”, completou.

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