IBM: disparidades de género podem persistir até 2073
Um estudo global elaborado pela IBM revela que a progressão de carreira das mulheres não é uma prioridade para 79% das organizações e que a disparidade de género pode persistir até 2073. Tendo por base as respostas de 2300 executivos, o estudo “Mulheres, Liderança e o Paradoxo da Prioridade”, fruto de uma parceria com a Oxford Economics, aponta ainda para uma percentagem reduzida de profissionais do sexo feminino em posições de topo: apenas 18%.
Porquê? A IBM indica três factores: as organizações não estão convencidas da mais-valia que a igualdade de género pode ser para o negócio; os homens subestimam a magnitude da diferença de género nos seus locais de trabalho, não tendo noção das disparidades existentes; e poucas organizações reconhecem e priorizam a diferença de géneros, criando apenas guias em vez de implementarem regras efectivas.
«A oportunidade que temos agora é passar a inclusão de algo interessante para um imperativo – tal como encaramos outras prioridades de negócio», comenta Michelle Peluso, senior vice president de Digital Sales e Sales Marketing Officer da IBM.
Para as empresas que já se aperceberam do problema mas não sabem qual o passo seguinte, a IBM deixa ainda três dicas. Primeiro, é necessário tornar a igualdade de género na liderança uma prioridade de negócio. Por outro lado, é essencial criar uma cultura de inclusão, integrando a igualdade de género na missão estratégica da organização e criando programas nesse sentido. Por fim, é preciso responsabilizar a liderança da empresa pelos resultados obtidos neste campo.