Huawei vende marca Honor e perde posição no Top 6 mundial dos fabricantes

A Huawei foi a maior fabricante de telemóveis do mundo até ao segundo trimestre de 2020, mas a venda da marca Honor e as dificuldades de acesso aos chips para os seus terminais farão com que 2020 feche consigo fora da lista dos seis maiores fabricantes do mundo, segundo previsão da Trendforce.

Um impacto que ficará muito mais evidente na área de consumidores privados, que contribuíram com 54% da faturação da fabricante em 2019. E a venda desta sua marca pode não ser a última operação de relevo.

“O objetivo com a venda de Honor é ter acesso aos chips novamente. Se não tiver sucesso, pode optar por vender suas marcas premium em 2021 ”, antevê Paul Triolo, diretor de política global de tecnologia do Eurasia Group, citado pela ‘Reuters’.

Contudo, pode haver uma luz ao fim do túnel. Os analistas consultados pela ‘Reuters’ mostram-se confiantes de que a chegada de Joe Biden à Casa Branca representa um antes e um depois da guerra comercial entre EUA e China pelo controlo da tecnologia. 

O diretor financeiro da Huawei, Meng Wangzhou, tentará convencer o executivo americano de que as acusações que a relacionam comercialmente com a Skycom, empresa que vendeu equipamentos de informática para o Irão no bloqueio, são falsas.

A Huawei já deu nota de que encara 2021 com a esperança de que a mudança de governo nos Estados Unidos sirva para ‘acalmar’ e até acabar com o veto que os Estados Unidos lhe impuseram e que a impediu de usar tecnologia de empresas americanas em seus celulares, como aplicativos do Google ou chips Intel ou Qualcomm. Uma desvantagem competitiva que ameaça corroer sua receita e deixá-lo fora da luta pela implantação de rede 5G.

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