A hora muda já no próximo fim-de-semana. Saiba se vai dormir mais ou menos de sábado para domingo (ou seja, se atrasa ou adianta o relógio)

É (quase) certo como um relógio: duas vezes por ano a hora muda e, no próximo fim de semana, é altura de ‘ganhar’ mais uma hora de descanso.

A mudança de hora para o horário de inverno faz-se na madrugada de sábado para domingo, de 26 (sábado) para 27 de outubro (domingo), daqui a uma semana. Assim, às 02 horas do dia 27 deve-se atrasar o relógio uma hora no Continente e na Madeira. Nos Açores deve-se atrasar uma hora à 01 hora.

O atual regime de mudança da hora é regulado pelo decreto da UE de 2000, que sincronizou as mudanças no horário europeu (exceto na Islândia) e prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão, de forma a garantir a coerência dentro do mercado único.

A convenção é seguida em Portugal há cerca de um século, no entanto, existe um impasse na Europa acerca da necessidade desta mudança. Em 2019, o Parlamento Europeu votou favoravelmente para que esta medida avançasse. Tudo indicava que o fim estava iminente; em 2021, voltou a falar-se no fim desta alteração mas tal não aconteceu até hoje.

Há países, como é o caso de Portugal, que pretendem manter a mudança de horário duas vezes por ano por considerarem que adotar permanentemente ou o horário de verão ou o de inverno não traria benefícios.

Porque é que o corpo humano necessita de 3 dias para se adaptar?

A alteração de hora, que acontece duas vezes por ano, tem consequências em várias áreas da vida de cada um, mas em comum todos temos um período médio de três dias para nos adaptarmos à mudança, revela um estudo.

Em média, cada inquirido precisa de 66 horas, ou mais de dois dias e meio, para se adaptar a uma nova rotina após a mudança da hora, informa a análise da agência OnePoll, feita a pedido da Costa Oeste dos Estados Unidos da América (EUA).

“É importante ser gentil e compreensivo consigo mesmo, ganhar e perder uma hora pode fazer com que perca o ritmo”, aconselhou um porta-voz da Costa Oeste dos EUA.

Após o inquérito feito a duas mil pessoas, conclui-se que três em cada cinco sentem-se confortáveis com a hora de verão e não concordam com a mudança de hora na primavera e no outono.

Em comparação, as mulheres gostam menos desta alteração do que os homens, o que pode ser justificado com o facto de o sexo feminino demorar, em geral, mais tempo a adaptar-se.

Este estudo revelou também que mais de metade dos inquiridos tem pelo menos um relógio analógico que precisa de ser alterado manualmente. Relativamente à luz natural, quatro em cada 10 preferem-na de forma constante, em que o sol nasce e põe-se mais tarde.

Diferentes idades levam também a uma divergência de opiniões. Os inquiridos com idades entre os 56 e os 78 anos têm mais probabilidade de apresentar uma visão negativa quanto à da hora de verão, de acordo com a pesquisa. Também o tempo de sono difere, esta é a faixa etária que mais dorme, apresentando quase meia hora a mais do que as pessoas com idades entre os 42 e 55 anos e uma hora a mais do que as pessoas com idades entre os 26 e 41 anos.

Por fim, esta análise permitiu concluir que um pouco mais de um terço dorme sete a nove horas de sono recomendadas por noite e outro apenas entre quatro a cinco horas. Assim sendo, verificou-se que apenas 60% mantêm um horário de sono consistente, deitando-se e levantando-se à mesma hora todos os dias.

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