Covid-19. «Houve um pequeno aumento do risco de transmissão», diz Costa
O primeiro-ministro, António Costa, confirma a estabilização da pandemia do novo coronavírus em Portugal, mas «houve um pequeno aumento do risco de transmissão». O chefe do Governo demonstrou «preocupação face à evolução da área de Lisboa».
Ainda assim, e mesmo apesar de «estarmos a testar mais, o número de casos positivos «está estável», diz. De acordo com António Costa, as medidas de desconfinamento «não têm tido impacto negativo nesta evolução».
«Neste momento, somos o quarto país da Europa que mais testa por milhão de habitantes», congratulou-se Costa, enaltecendo a «robusta» capacidade de testagem do Serviço Nacional de Saúde. Assim, conclui que há condições para avançar com o plano de desconfinamento previsto para 1 de Junho.
Recorde-se que Portugal contabiliza, pelo menos, 1.383 vítimas mortais associadas ao novo coronavírus e 31.946 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde.
O país entrou no dia 3 de Maio em situação de calamidade devido à pandemia de Covid-19, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março. Esta nova fase prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância activa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
O Estado de Calamidade é o nível mais elevado de intervenção. É coordenado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, tal como o é o Estado de Emergência, mas existe co-responsabilidade de todo o Governo. Para ser decretada, esta medida de excepção não depende do Presidente da República nem da Assembleia da República. Basta ser aprovada em Conselho de Ministros.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias “France-Presse”, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 360 mil mortos e infectou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,3 milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
*Notícia actualizada às 18:00