Hotelaria espanhola baixa preços para proteger Semana Santa do coronavírus

O surto do coronavírus arrasou com as previsões de ocupação que a indústria hoteleira tinha na Espanha. Jorge Marichal, presidente da Confederação Espanhola de Hotéis e Acomodações Turísticas, avançou que os cancelamentos de reservas no mês de fevereiro aumentaram entre 20% e 40%, dependendo das áreas.

Marichal reconhece que algumas cadeias lançaram campanhas massivas de ofertas com cancelamentos gratuitos para o resto do ano, a fim de impedir que estas percentagens continuem a crescer. Essas campanhas, lançadas pela Room Mate, Meliá ou Globalia, destinam-se a turistas internacionais.

As redes estão agora focadas em tentar salvar a Semana Santa, ressalva o responsável.  Neste caso, a estratégia é diferente pois 80% dos viajantes nessas datas são nacionais e porque as decisões de viagem são tomadas principalmente no último minuto. Atendendo a que o turista nacional é muito mais sensível ao preço do que o internacional, a aposta concentra-se num corte de preços.

Quanto ao impacto negativo dos cancelamentos, importa reter que foi limitado quase inteiramente ao turismo estrangeiro e, principalmente, ao turismo corporativo, prendendo-se sobretudo com o cancelamento de grandes eventos de negócios.

Esta onda de cancelamentos, quase que em efeito dominó, começou com o World Mobile Congress e seguiu-se uma série de reprogramações de várias feiras, nomeadamente, a Ifema, suspensa na semana passada, ou o Congresso Mundial de ATM 2020 (setor aéreo), o qual contava com 9500 participantes já registados.

Também foram adiados, mas já para o verão, três outros eventos que estavam previstos para março, designadamente, a Expodental, a Infarma e o Congresso Médico da EBMT. Na mesma linha, Fira de Barcelona optou por adiar a celebração conjunta dos salões Alimentaria e Hostelco para setembro.

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