Hospitais vão ceder apartamentos a profissionais de saúde nas áreas com maior pressão. Projeto arranca no Alentejo

Até final de junho deste ano a Unidade Local de Saúde Litoral Alentejano (ULSLA) vai apresentar ao Ministério da Saúde uma estratégia para disponibilização de habitação aos profissionais de saúde, de forma a fixar médicos e enfermeiros nesta zona do país, com pouca oferta no mercado habitacional e rendas altas.

A ideia é reconverter património próprio e construir de raiz cerca de 20 apartamentos T1 e T2, com recurso a fundos comunitários. Após este arranque no Alentejo, o modelo deverá ser ‘copiado’ ara outra regiões, segundo avança o secretário de Estado da Saúde Ricardo Mestre ao Jornal de Notícias.

“Queremos ver como funciona no Litoral Alentejano para depois vermos como replicar noutras zonas do país. Os grandes aglomerados urbanos que têm grande pressão da habitação são sempre zonas que podem beneficiar destas respostas”, adianta o governante.

Ainda não está fechado o projeto, mas na ULSLA pretende-se criar 20 apartamentos, naquela que é a primeira vez que o Governo indicou a uma unidade de saúde para apresentar uma estratégia de habitação para os respetivos profissionais.

O despacho que determina que o Conselho de Administração da ULS do Litoral Alentejano elaborará até 30 de julho a referida estratégia foi ontem publicado em Diário da República. O documento destaca a habitação como “um dos grandes constrangimentos estruturais da região”, sublinhando que, segundo dados do INE, o valor da renda mediana dos novos contratos de arrendamento nesta zona é dos mais altos do país, com uma subida de 15,3% registada no terceiro trimestre do ano passado, face ao período homólogo.