Hospitais e maternidades: Queixas de utentes disparam 33%. Beatriz Ângelo lidera as reclamações

As reclamações dos utentes dirigidas a Hospitais e Maternidades registaram um aumento de 33% nos primeiros cinco meses do ano, em comparação com o período homólogo.

A conclusão é de uma análise do Portal da Queixa, que mostra que mais de 70% queixa-se da falta de qualidade no atendimento por parte dos profissionais das unidades de saúde (74%).

Problemas com consultas (marcação, remarcação e cancelamento) geraram 22% das reclamações, dificuldades com o pagamento e faturação de consultas/exames cerca de 2%, assim como “outros motivos”.

O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, é a unidade de saúde com mais reclamações, registando o dobro das queixas em relação às outras unidades hospitalares, segundo o estudo.

Segue-se depois o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Vila Franca de Xira, Hospital de Santa Maria (Lisboa) e o Hospital de São João (Porto).

A análise identifica ainda “vários problemas relacionados com os serviços de ginecologia e obstetrícia, nomeadamente, no que diz respeito a partos”.

Estes dados surgem numa altura em que cinco serviços de ginecologia e obstetrícia de hospitais em várias zonas do país registaram constrangimentos ou encerramentos nos últimos dias.

Em resposta à crise nos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia, o Governo decidiu criar uma comissão de acompanhamento que pretende arranjar uma fórmula para que exista “maior coordenação” entre os hospitais e maternidades.

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