Hoje olhe para cima: chuva de estrelas Leónidas vai hoje ‘rasgar’ os céus
As Leónidas são uma das chuvas de meteoros mais notáveis do ano: no seu pico, produzem até 20 meteoros por hora. Além disso, é uma das poucas chuvas de meteoros que apresenta surtos regulares (a cada 33 anos). É na noite deste sábado e domingo que vão atingir o pico, pelo que não perca a oportunidade de olhar para cima – isto, claro, caso o tempo permita.
As Leónidas são conhecidas pelas suas “estrelas cadentes” brilhantes e rápidas, com uma velocidade impressionante que pode ultrapassar os 70 quilómetros por segundo. Quando atravessam a atmosfera terrestre, estas pequenas partículas, que são fragmentos deixados pelo cometa Tempel-Tuttle, incendeiam-se e criam um rasto luminoso que pode ser visto a olho nu.
No entanto, as condições de visualização este ano não são boas: o pico da chuva de meteoros coincide com a Lua Cheia, o que significa que a maioria dos meteoros será ofuscada pela luz da lua. Para ver pelo menos alguns dos meteoros, comece as suas observações quando a Lua estiver perto do horizonte ou oculta por uma árvore ou um edifício.
Em novembro de 1833, as Leónideas produziram a primeira grande tempestade dos tempos modernos — a taxa de meteoros foi de 100 mil por hora! Essa tempestade causou um efeito significativo sobre o desenvolvimento do estudo científico dos meteoros.
Antes disso, os astrónomos pensavam que meteoros eram fenómenos atmosféricos, como chuva ou neve. Mas a atividade das Leónidas, em novembro de 1833, deixou-os curiosos e fez surgir diferentes teorias. Em janeiro de 1834, Denison Olmsted sugeriu que os meteoros ter-se-iam originado de uma nuvem de partículas no espaço. Em 1865, astrónomos descobriram um cometa ao qual associaram as Leónidas. Posteriormente, esse cometa foi batizado de Tempel-Tuttle. O período orbital do cometa foi estimado em cerca de 33 anos, portanto alguns astrónomos previram que haveria outra atividade maciça da chuva de meteoros Leónidas em 1866 – o que realmente aconteceu.