Hoje é dia de eleições em França: o que dizem as sondagens? Pode a extrema-direita cantar vitória?

França tem, este domingo, a segunda volta das eleições parlamentares: na primeira volta, pela primeira vez, a extrema-direita venceu. E agora, o que se espera do novo plebiscito?

As eleições para a Assembleia Nacional de França decorrem num processo dividido em duas rondas para eleger os 577 deputados. Um deputado só é eleito na primeira volta se tiver maioria num determinado círculo.

Nos círculos onde nenhum candidato vença com a maioria dos votos, os dois candidatos mais votados, assim como qualquer candidato com mais de 12,5% do total de votos registados, seguem para a segunda volta.

Quem conseguir o maior número de votos na segunda volta, fica com o lugar dessa região.

O partido Rally Nacional, de Marine le Pen, foi a força política mais votada em quase 300 dos 577 círculos eleitorais: no entanto, a situação pode alterar-se este domingo.

O Rally Nacional não vai conquistar a maioria dos lugares na segunda volta das eleições parlamentares deste domingo em França, revela uma sondagem da ‘Harris Interactive’ para a revista ‘Challenges’, citada pela agência ‘Reuters’, sugerindo que os esforços dos principais partidos franceses para bloquear a extrema-direita pode funcionar.

Esta é a primeira sondagem a ser publicada depois de os políticos de todas as linhas partidárias terem formado uma frente anti-RN: de acordo com o resultados, o partido de Marine le Pen vai ficar aquém dos 289 assentos necessários para controlar a Assembleia Nacional, com 577 deputados.

A sondagem aponta ainda que o RN e os seu aliados obteriam entre 199 e 220 lugares, enquanto os Republicanos de centro-direita (LE) conquistariam entre 30 e 50 lugares, o que poderia excluir a possibilidade de um Governo minoritário de extrema-direita apoiado por parte do grupo parlamentar da LR.

A sondagem foi publicada depois de mais de 200 candidatos de todo o espectro político terem retirado as suas candidaturas para abrir caminho para quem estivesse em melhor posição para derrotar o candidato do RN no seu distrito eleitoral, num processo conhecido como “frente republicana”.

Antes das retiradas, os analistas calcularam que a primeira volta colocaria o RN a caminho dos 250-300 cadeiras.

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