Hipra: Europa aprova primeira vacina espanhola contra a Covid-19 – com um ano de atraso e a pandemia sob controlo

A primeira vacina espanhola contra a Covid-19 foi finalmente aprovada pelo Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), após um ano de avaliação contínua.

O imunogénio da empresa farmacêutica catalã Hipra vai agora servir como dose impulsionadora em pessoas com mais de 16 anos de idade que tenham sido vacinadas há, pelo menos, seis meses com uma vacina da Pfizer ou Moderna.

Esta aprovação da vacina conhecida comercialmente como ‘Bimervax’, surge quase um ano após a primeira data fixada pelas autoridades espanholas e numa altura em que a epidemia é praticamente normal devido à queda do número de infeções e à sua reduzida gravidade em resultado da ação das vacinas inoculadas e da imunidade natural conseguida como resultado das infeções.

A decisão não apanhou a empresa fabricante de surpresa, dado que divulgou ter muito stock do medicamento e do antigénio, estando assim pronta para entrar no mercado, relata o jornal espanhol ABC.

Apesar de a única vacina produzida em Espanha validada pela UE para uso humano estar a fazer a sua estreia num mercado em recessão, como consequência do controlo da pandemia, e onde já existem outros imunógenosmas, existe já um acordo com a Comissão Europeia para serem vendidas 250 milhões de doses.

A vacina que a empresa Hipra vai introduzir no mercado obteve ótimos resultados, tanto na fase pré-clínica em animais como em ensaios em humanos. Ao longo dos últimos meses, nas várias fases pelas quais passou, demonstrou “um bom perfil de segurança e uma eficácia adequada em termos de geração de anticorpos neutralizantes”, reconheceu a ministra da Ciência e Inovação, Diana Morant.

A ministra salientou também que a vacina espanhola é versátil, ao contrário de outras já existentes no mercado, e esclareceu que é a sua capacidade de se adaptar a novas variantes que a diferencia das restantes, num discurso direcionado aos meios de comunicação social.

“Não necessita de temperatura de congelamento, apenas de refrigeração”, além de ser “mais barata”, esclareceu Diana Morant ao descrever esta aprovação como “um passo gigantesco”.

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