Hamas garante que ofensiva militar de Israel contra Rafah “não será um piquenique”

O Hamas indicou, esta segunda-feira, que uma ofensiva militar de Israel contra Rafah, no sul da Faixa de Gaza, “não seria um piquenique” para os militares israelitas, horas depois de Israel ter avisado os residentes nos bairros orientais da cidade para evacuar a área.

“Qualquer operação militar em Rafah não seria um piquenique para o exército de ocupação fascista e a nossa corajosa resistência, liderada pelas brigadas Ezzeldín al Qassam – o braço armado do grupo – está totalmente preparada para defender o nosso povo, derrotar o inimigo e evitar que alcance os seus objetivos”, apontou o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

“Os passos dados pelo exército terrorista de ocupação na preparação para o ataque a Rafah, que tem cerca de 1,5 milhões de residentes e deslocados, e o seu alerta à população para evacuar a zona oriental entre contínuos ataques de artilharia e bombardeamentos que causaram massacres de civis inocentes, é um crime que confirma a insistência do Governo terrorista do primeiro-ministro israelita Netanyahu em continuar a sua guerra de extermínio”, referiu.

“Pedimos à comunidade internacional que tome medidas urgentes para pôr fim a este crime, que ameaça a vida de centenas de milhares de civis indefesos, incluindo crianças, mulheres e idosos”, afirmou o grupo, em comunicado, citado pelo jornal ‘Filastin’, ligado ao Hamas.

“Exigimos também que as organizações e agências humanitárias, lideradas pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina, continuem nas suas posições na cidade de Rafah e não a abandonem ou se curvem à vontade da ocupação fascista”, precisou.

Izat al Risheq, alto funcionário do braço político do grupo, argumentou que “qualquer operação militar contra Rafah colocaria em risco as negociações” para um cessar-fogo.

O Exército israelita apelou hoje aos palestinianos para que abandonem imediatamente os bairros da parte oriental da cidade de Rafah.

A comunidade internacional opõe-se firmemente a esta operação militar, porque a cidade serve de refúgio a mais de um milhão de palestinianos que fugiram de outras zonas do enclave.

Os Estados Unidos manifestaram relutância em relação ao plano israelita, considerando que não existia uma forma segura de levar a cabo esta campanha de retirada de civis, embora não tenham comentado este novo anúncio.

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