Hamas estuda proposta de trégua em Paris que envolve pausa de 40 dias e troca de reféns

O Hamas está a estudar uma proposta de tréguas em Gaza, que inclui uma pausa de 40 dias nas operações militares e a troca de prisioneiros palestinianos por reféns israelitas na proporção de 10 para um, indicou esta terça-feira a agência ‘Reuters’: está ainda proposto que, durante o cessar-fogo, seriam reparados hospitais e padarias em Gaza, poderiam entrar 500 camiões de ajuda humanitária diariamente e seriam entregues milhares de tendas para alojar os deslocados.

No texto da proposta consta ainda a possibilidade de o grupo islâmico libertar 40 reféns israelitas, incluindo mulheres, crianças menores de 19 anos, idosos com mais de 50 anos e doentes, enquanto Telavive libertaria cerca de 400 prisioneiros palestinianos.

Os países mediadores, Qatar, Egito e Estados Unidos, estão a tentar negociar um compromisso com Israel e o Hamas: as conversações em Paris são o esforço mais sério nas últimas semanas para pôr fim aos combates no enclave palestiniano: os mediadores têm intensificado esforços para garantir o cessar-fogo em Gaza a tempo de impedir o ataque israelita a Rafah, cidade no sul de Gaza, onde vivem mais de um milhão de pessoas deslocadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou esta terça-feira esperança de que seja alcançado um cessar-fogo em Gaza “até à próxima segunda-feira. “O meu conselheiro de segurança nacional diz-me que estamos perto, ainda não está feito. Tenho esperança de que na próxima segunda-feira teremos um cessar-fogo”, realçou o chefe de Estado norte-americano, em declarações aos jornalistas durante uma viagem a Nova Iorque.

A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza lançaram um ataque sem precedentes contra o sul de Israel, que resultou na morte de pelo menos 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP produzida a partir de dados oficiais israelitas.

Durante o ataque, cerca de 250 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza. Segundo Israel, 130 reféns ainda estão detidos no enclave, 31 dos quais se acredita terem morrido.

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