Hackers chineses varrem entidades governamentais europeias com ‘phishing’ em nome da OMS

Um grupo de hackers chineses atacou funcionários do governo europeu, diplomatas, organizações sem fins lucrativos e outras organizações globais, numa campanha de phishing (fraude) projectada para recolher informações sobre as economias globais que se recuperaram da pandemia, de acordo com especialistas em segurança cibernética citados pela ‘Bloomberg’.

Em Março, um conjunto de piratas informáticos conhecido como APT TA413, enviou e-mails de phishing com orientações, fazendo-se passar pela Organização Mundial da Saúde (OMS), numa tentativa de que as vítimas clicassem num anexo com conteúdos perigoso, de acordo com a empresa de segurança cibernética Proofpoint.

Num relatório emitido esta quarta-feira, a empresa revelou que o e-mail foi enviado para «várias entidades envolvidas em política económica e previsões na Europa». O mesmo tipo de ataque foi identificado numa campanha de phishing em Julho contra dissidentes tibetanos, alvo principal do grupo de hackers.

O ataque em questão, denominado ‘Sepulcher’, permite que os piratas informáticos leiam, gravem e eliminem arquivos, entre outras funcionalidades. Ainda não se sabe até que ponto os hackers foram capazes de invadir as redes dos funcionários visados.

O foco da campanha em entidades económicas, diplomáticas e legislativas na Europa sugere um realinhamento momentâneo para que os hackers chineses consigam «recolher informações sobre as economias globais em recuperação como resultado da Covid-19», de acordo com o relatório a que a «Bloomberg’ teve acesso.

Altos funcionários da OMS também foram alvo de suspeitos ataques informáticos no início deste ano, visto que continuam a liderar a resposta global à pandemia do novo coronavírus.

O relatório da Proofpoint surge numa altura em que os EUA têm alertado para o facto de que hackers chineses têm tentado roubar dados sobre possíveis vacinas e tratamentos contra o vírus mortal.

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