Há quase 70% de hipótese de o vírus da Covid-19 ter saído de laboratório de Wuhan, denuncia estudo

Wuhan, na China, é considerada o ‘berço’ do vírus responsável pela Covid1-9: aquela que foi considerada uma teoria da conspiração durante os últimos anos, é agora considerada a origem mais provável do vírus, segundo apontou um estudo realizado por investigadores da Austrália e do Arizona (Estados Unidos), que utilizaram uma ferramenta de análise de risco mais abrangente até ao momento para determinar as probabilidades de o vírus SARS-CoV-2 ser ou não de “origem natural”.

A equipa comparou as características do vírus e da pandemia sob 11 vetores, que analisaram itens como raridade de um vírus, momento da pandemia, população infetada, propagação do vírus e sintomas inesperados de um vírus.

Baseada na natureza da Covid-19, os investigadores atribuíram uma pontuação a cada categoria – menos de 50% significava que a pandemia seria classificada como um surto natural, mas mais de 50% significaria um surto não natural: o estudo apontou uma pontuação de 68%.

“A origem da Covid-19 é controversa. A maioria dos estudos centrou-se na origem zoonótica, mas faltam provas definitivas, como um hospedeiro animal intermediário”, referiu o estudo. “A avaliação de risco não pode provar a origem da Covid-19, mas mostra que a possibilidade de uma origem laboratorial não pode ser facilmente descartada.”

Em declarações ao tabloide britânico ‘Daily Mail’, Raina MacIntyre, professora de Biossegurança Global na Universidade de Nova Gales do Sul, frisou que “o ponto principal é que a probabilidade de se ter originado num laboratório não é trivial e não pode ser descartada como uma teoria da conspiração”.

No estudo, o vírus e a pandemia obtiveram o número máximo de pontos em três categorias – a primeira foi a “existência de um risco biológico”, que é considerado um ambiente geopolítico do qual poderia originar uma ameaça biológica.

Com a pandemia, existia um risco biológico numa área onde eram investigados agentes patogénicos perigosos e onde a fraca segurança do laboratório poderia permitir a libertação de um agente patogénico.

Na categoria ‘tensão incomum’, a Covid também obteve nota nove em nove. Esta classe foi descrita como estirpes do vírus com características atípicas, raras, emergentes ou antiquadas, além de apresentarem sinais de ganho de função ou engenharia genética.

Por último, a Covid obteve o máximo de nove pontos em nove na categoria “insights especiais”, definido como “circunstâncias suspeitas e outras informações identificadas antes do surto, durante o período do surto ou pós-surto”.

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