“Não é não” de Montenegro pode ter exceções, avisa Pacheco Pereira: “Há muitas pessoas no PSD que são favoráveis a um entendimento com o Chega”

Montenegro sublinhou várias vezes o “não é não” a eventuais negociações e entendimentos com o Chega de André Ventura mas, com as contas da governação difíceis, e a estabilidade posta em causa, Pacheco pereira admite que a Aliança Democrática (AD), esteja a negociar com o Chega, tal como aconteceu nos Açores.

Em declarações ao programa ‘O Príncípio da Incerteza’, da CNN Portugal, o comentador assinala que a votação do programa do governo nos Açores foi adiada para depois das legislativas de propósito, uma vez que o “Não é não” de Montenegro ao Chega tem exceções.

“Não é não mas, há um sítio onde o ‘não é não’, que é no parlamento. E portanto é possível discutir no parlamento, negociar no parlamento, aquilo que teoricamente os partidos não estão dispostos a negociar em público. Houve negociação nos Açores”, afirmou Pacheco Pereira.

Segundo referiu o ex-deputado “não há dúvida nenhuma” que em Portugal continental se verificará uma situação como a dos Açores, com um entendimento entre PSD (e CDS-PP) com o Chega.

oiço os comentário da AD, das pessoas próximas da direção da Montenegro, das pessoas que são favoráveis a um entendimento com o Chega, e há muitas no PSD, algumas com lugares relevantes.

“O que admitem nesta situação de impasse político é uma negociação na Assembleia da República. Certamente não é um entendimento com o PCP ou com BE: ou é com o PS ou é com o Chega”, avançou Pacheco Pereira.

Neste momento, os resultados provisórios dão 79 deputados para a AD, 77 para o PS e 48 para o Chega. Faltam apurar as votações dos círculos da emigração, estando em jogo perto de 300 mil votos e 4 deputados.

AD e PS estão neste momento separados por 50 mil votos de diferença.

 

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