Há mais 40 mil novas empresas em Portugal desde o início do ano. Transportes vão à frente
Nasceram mais de 40 mil novas empresas nos nove primeiros meses de 2019, um crescimento de 9,8% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados compilados pela Informa D&B.
Entre 1 de Janeiro e 31 de Outubro deste ano já nasceram 41 852 novas empresas, cerca de 3700 mais do que no mesmo período de 2018, segundo o Barómetro da Informa D&B.
À excepção dos sectores do Alojamento e Restauração, Actividades imobiliárias e Serviços gerais, todos os sectores registam mais constituições de novas empresas do que em igual período do ano passado, com os Transportes (3672) e a Construção (1057) a liderar este crescimento, com mais 113,7% e 29,4%, respectivamente.
«O tecido empresarial está a caminho de um novo recorde anual de criação de empresas», lê-se. Todavia, sublinha-se que «os sectores mais dinâmicos estão a mudar». Ou seja, enquanto nos anos recentes os sectores das Actividades imobiliárias e do Alojamento e Restauração (sobretudo o subsector do Alojamento de curta duração) registaram grandes crescimentos na constituição de novas empresas, este ano os sectores dos Transportes e da Construção ganham protagonismo ao revelar os maiores crescimentos neste indicador.
Turismo cria menos de metade das empresas que no ano passado
Pelo contrário, os sectores onde a constituição de empresas não cresce face ao período homólogo devem essa quebra à menor quantidade de novas empresas ligadas ao Turismo, uma tendência que se tem consolidado a partir do segundo semestre deste ano. O Alojamento e a Restauração apresentam um recuo de 1,0% – consequência do subsector do Alojamento de curta duração, que até final de Outubro, registava menos 148 empresas que em 2018 (-15,4%).
Já as Actividades Imobiliárias registam uma quebra de 3%, sendo de assinalar as quebras na região de Lisboa (quase 10%), que passaram de 1726, no ano passado, para 1570.
O mesmo verifica-se no sector dos Serviços gerais, que, em conjunto com os Serviços empresariais, são aqueles onde nascem mais empresas. «Na sua globalidade, o sector regista uma quebra na constituição de novas empresas que é totalmente da responsabilidade do subsector dos Serviços turísticos que este ano viu nascer menos de metade das empresas que foram criadas em 2018 (passaram de 1375 para 661).»
Quanto a encerramentos, diminuíram 14,8%. Todos os sectores registam menos do que em 2018, excepto a Agricultura com uma descida residual de três casos. Os sectores das Indústrias, dos Grossistas e da Construção são aqueles em que a descida dos encerramentos é mais acentuada.
Ainda neste período, regista-se uma quebra de 8,2% em novos processos de insolvência, uma tendência que vem já desde 2013, mas que é agora menos acentuada.
Entre os sectores que dão sinais de inverter esta tendência de descida, destacam-se pela negativa as Indústrias, com uma subida de 16,7%, que se deve sobretudo aos subsectores Têxtil (267 insolvências) e Moda (59 insolvências), onde houve mais 75 e 17 casos, respectivamente, do que em 2018.