Há mais 12 casos de sarampo em investigação. Autoridades dizem que “é razão para todos os profissionais de saúde estarem alerta para sintomas”

Desde 11 de janeiro que, segundo o último balanço da Direção-Geral da Saúde, se contam nove casos confirmados de sarampo em Portugal, mas há pelo menos mais 12 casos de suspeitas da infeção em investigação no nosso País.

A informação é avançada pela coordenadora do Programa Nacional de Vacinação da DGS, Teresa Fernandes, à Renascença, com a responsável a sublinhar que “não é razão para alarme”, mas sim “razão para todos os profissionais de saúde estarem alerta para sintomas de sarampo, porque o risco de importação é muito grande neste momento”.

Dos nove casos confirmados, a esmagadora maioria são importados, sendo que dois são de origem desconhecida, sendo que destes originaram-se dezenas de suspeitas, grande parte das quais envolvendo pessoas que tiveram contacto com os doentes infetados com sarampo.

“Temos tido muitas suspeitas. Já tivemos 73 casos em investigação, dos quais nove foram confirmados”, assinala a responsável.

“É natural que surjam casos de pessoas não vacinadas, que não estão protegidas, e que possam entrar no nosso país com sarampo, mas a maior parte dos contatos são negativos, justamente, por causa da imunização de grupo”, explica á mesma rádio Teresa Fernandes, destacando que o nosso país tem uma taxa confortável de imunização de grupo, e que se “fosse para haver um surto de grandes dimensões, já teria havido, porque o sarampo é das doenças transmissíveis mais contagiosas”.

A responsável sublinha que a hesitação em vacinar as crianças não é ainda um motivo de preocupação em Portugal.

“Vemos que entre os dois e os três meses, os bebés são vacinados atempadamente, mas, depois, aos 12 meses, já se demora um bocadinho mais a ir à vacinação e a atingir o limiar dos 95% que nós recomendamos. E, depois, há, de facto, grupos de pessoas que rejeitam uma outra vacina ou que rejeitam as vacinas todas, mas em Portugal, felizmente, são grupos muito pontuais que não influenciam as coberturas vacinais”, explica, apontando para os números que revelam “coberturas de 98%-99% no primeiro ano de vida”, de entre 98%-97% aos dois anos, e de 95% aos cinco/seis anos.

Segundo a DGS, desde 11 de janeiro foram confirmados nove casos de sarampo: seis na região Norte e três na região de Lisboa e Vale do Tejo.

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