Há falta de munições nos Estados Unidos. Nunca se venderam tantas armas como este ano

A escassez de munições nos Estados Unidos deverá continuar fruto da venda recorde de armas de fogo registada este ano. As razões apontadas para os elevados números de vendas incluem a incerteza que advém da pandemia, as próximas eleições presidenciais e a agitação civil verificada nos últimos meses em todo o país.

“Durante a administração do Presidente Donald Trump, o número de licenças de porte de armas subiu para mais de 19,48 milhões – um aumento de 34% em relação a 2016”, de acordo com o mais recente relatório do Centro de Investigação de Prevenção do Crime.

O relatório destaca que 17 estados “já não fornecem dados sobre todas as pessoas que transportam legalmente uma arma de mão porque já não precisam de uma autorização para a transportar”.

“As licenças para mulheres e minorias continuam a aumentar a um ritmo muito mais rápido do que para homens ou brancos”, diz ainda o relatório, citado pela Newsweek.

O Alabama é o estado americano com a maior taxa de porte de armas – 28,5% dos adultos possuem uma licença, seguido do Indiana, com 18,7%. Cinco estados apresentam mais de um milhão de portadores de licença.

A Hoover Tactical Firearm em Birmingham, no Alabama, está entre os vendedores que sofrem de falta de munições. “São muito difíceis de obter neste momento e os preços estão a subir bastante”, disse o co-proprietário da Hoover Tactical Firearm, Gene Smith, à estação televisiva WBRC de Birmingham.

“O negócio tem sido muito ‘acelerado’. As pessoas estão preocupadas. Temos uma eleição presidencial em curso, que acontece de quatro em quatro anos, e ficamos muito ocupados”. “Há pessoas que estão a comprar armas pela primeira vez”, acrescentou.

No Minnesota, por exemplo, as compras de armas e munições aumentaram, na sequência do assassinato de George Floyd, que morreu enquanto estava sob custódia da polícia de Minneapolis, bem como dos protestos que tiveram lugar desde a sua morte.

Da mesma forma que houve uma corrida aos supermercados na fase inicial da pandemia, em março passado, as vendas de armas e munições também começaram a aumentar desde então.

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