“Há conversa de preparação para a guerra” com a Rússia: Polónia assume que UE está a mudar o discurso

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Radoslaw Sikorski, reconheceu, esta segunda-feira que em alguns países europeus houve uma mudança de discurso no contexto da invasão russa da Ucrânia e da possível ameaça representada por Moscovo: “Há conversa de preparação para a guerra”, frisou.

Segundo Sikorski, alguns dos principais atores europeus – como “Alemanha, Suécia e alguns outros países”, frisou – protagonizaram uma mudança de posição que “teria encerrado a carreira de qualquer político que tivesse dito algo assim durante as últimas décadas”.

No entanto, segundo o ministro polaco, um confronto com a Rússia só vai ocorrer se o presidente russo der o primeiro passo. “Espero que Putin não seja louco o suficiente para atacar a NATO”, referiu, em entrevista à revista ‘Newsweek’.

Sobre a invasão da Ucrânia, o representante da diplomacia polaca destacou ainda que Moscovo se preparou para este passo nos últimos anos, enquanto as principais potências ocidentais pensavam “que era apenas um jogo”.

Sikorski destacou que o Ocidente pensou que a Rússia não poderia ser uma ameaça séria porque “Putin não poderia ser louco o suficiente para atirar”: no entanto, os factos mostraram que Moscovo “preparou-se sistematicamente” para invadir a Ucrânia e, por isso, construiu o Nord Stream, acumulou reservas de ouro e movimentou ativos financeiros.

“Se há 10 anos o estatuto de superpotência da Rússia era inquestionável e a independência da Ucrânia era condicional, hoje as elites europeias já não duvidam que os ucranianos merecem a independência e que é uma nação disposta a morrer e a matar por ela”, referiu.

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