Há cada vez mais famílias a pedir ajuda às associações solidárias. Desempregados com mais de 50 anos e imigrantes entre os mais carenciados

Há cada vez mais pedidos de ajuda devido à dificuldade em pagar contas da alimentação, pagar a casa ou comprar medicação – embora a maioria dos pedidos seja de desempregados com mais de 50 anos, o número de famílias com emprego está a aumentar. Desde o início do ano, a Legião da Boa Vontade teve mais 47 pedidos do que os recebidos em 2022; a AMI calculou um aumento de 13,9% das solicitações e o Banco Alimentar alertou para o aumento das necessidades, avançou esta terça-feira o ‘Jornal de Notícias’.

“Com o aumento do custo de vida, as famílias não conseguem fazer face a todas as despesas, nomeadamente no arrendamento ou no crédito à habitação, eletricidade, água e medicação”, referiu ao jornal diário a Legião da Boa Vontade. Já o Banco Alimentar sublinhou que os novos pedidos de ajuda chegam de imigrantes. “Recebemos pedidos de estrangeiros que se encontram num recomeço de vida e tentam estabilizar-se em Portugal”, apontou.

O aumento do número de pedidos está a dificultar a resposta das associações: no caso da Legião da Boa Vontade, “há dificuldades em responder de forma mais imediata” a ajuda a 500 famílias, o que corresponde a 1.500 pessoas. “O nosso público-alvo é diversificado, desde famílias monoparentais a famílias isoladas, que procuram na Legião da Boa Vontade um espaço privilegiado no combate ao isolamento social pela dinamização de atividades diversificadas, acompanhamento social e apoio alimentar.”