Há cada vez mais doentes do SNS a serem enviados para o estrangeiro para tratamentos

Há cada vez mais doentes a serem enviados para o estrangeiro para ser diagnosticados e tratados, indicou esta segunda-feira o ‘Jornal de Notícias’: de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), só no ano passado foram aprovados 470 pedidos de Assistência Médica no Estrangeiro, o que levou a 585 deslocações, sendo que os encargos são assumidos pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os números colocam um ponto final no período de decréscimo registado em 2019 e 2020, com 376 e 273 pedidos autorizados respetivamente – em 2021, estes voltaram a subir para 351 pedidos e depois para 383 em 2022. As 470 autorizações registadas este ano aproximam-se das 454 em 2017 e 493 em 2018.

As oscilações não fizeram os custos do programa pararem de subir, com exceção de 2022. No ano passado, o SNS gastou 2,4 milhões de euros com estes pacientes, o valor mais baixo dos últimos cinco anos.

Na maioria dos casos, disse a DGS, os doentes são referenciados para “centros especializados localizados em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, Itália e Suíça”.

Nestes casos clínicos excecionais, os casos oncológicos e a genética médica são os que representam a maior fatia: é o caso da protonterapia, uma terapia com protões em centros europeus para doentes com cancro, representou 11% dos tratamentos efetuados no estrangeiro em 2023. Na genética médica estão 57% dos pacientes autorizados a viajar.






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