Guia prático do regresso às aulas no ‘novo normal’
O novo ano lectivo estás prestes a arrancar: alunos, professores e pessoal não docente vão regressar às escolas entre 14 e 17 de Setembro. No entanto, o regresso às aulas durante a pandemia levanta ainda dúvidas.
O uso de máscara é sempre obrigatório? Como vão ser aulas de educação física? O que acontece se existir um caso suspeito de covid-19? A TSF preparou um guia prático com perguntas e respostas sobre o regresso às aulas.
O uso de máscara é obrigatório?
Sim, todos os que entrarem em recintos escolares são obrigados a usar máscara durante todo o dia, menos durante as refeições e durante as aulas de educação física.
Como vão ser as salas de aula?
Estudantes e professores devem ter um lugar ou secretária fixa, guardando, no mínimo, um metro de distância. Deve evitar-se que os alunos estejam de frente uns para os outros.
Salas de aula arejadas e amplas são privilegiadas, e as mesas devem ser dispostas junto das paredes e janelas.
A matéria que ficou por dar vai ser recuperada?
Sim, as primeiras semanas de aulas, principalmente, vão servir para leccionar e consolidar as matérias que ficaram por dar nas aulas à distância, ou telescola.
O que acontece aos intervalos?
Vão continuar a existir, mas devem ter a menor duração possível e os alunos devem evitar concentrar-se nos espaços comuns. Assim, as escolas vão definir locais específicos onde os alunos podem estar durante os intervalos.
E às cantinas?
Os refeitórios escolares também vão continuar a funcionar, mas com novas regras. A realização de turnos para desfasar horários, a reorganização do espaço e o serviço take-away são alguns dos novos planos para os refeitórios no arranque do novo ano lectivo.
A refeição é o único momento em que os alunos podem retirar a máscara, além das aulas de educação física.
Além disso, as mesas e as cadeiras devem ser higienizadas após cada utilização e não devem existir quaisquer objectos em cima das mesas.
Os bares vão continuar a funcionar?
Sim, e os alunos podem frequentá-los, mas deve ser estabelecida uma lotação máxima. A limpeza e a higienização nos bares deve ser constante.
Mais uma vez, o uso de máscara é dispensado durante o momento da refeição.
Os encarregados de educação podem entrar nas escolas?
Deve ser evitado ao máximo. Neste sentido, o contacto telefónico ou por via digital é o mais privilegiado.
Os encarregados de educação devem deixar os alunos à porta das escolas.
As crianças podem levar brinquedos para a escola?
Não. Não devem ser levados brinquedos ou outros objectos ‘dispensáveis’ para os recintos escolares.
Como vão ser as aulas de educação física?
A máscara é dispensada (só é obrigatória à entrada e saída da aula), mas o distanciamento físico deve ser o maior possível: no mínimo, três metros entre os alunos.
Sempre que possível, as aulas devem ser dadas em espaços exteriores e as actividades devem ser individuais ou então em grupos reduzidos.
O que acontece aos grupos de risco?
Para já, ainda não há orientações concretas para os grupos de risco. Apenas professores com patologias podem manifestar indisponibilidade para regressar à escola, no entanto, não é claro ainda se podem ficar em teletrabalho ou se têm de ser substituídos.
Alunos, professores ou funcionários podem ir à escola se tiverem sintomas?
Não é aconselhado. Se manifestarem sintomas de covid-19 devem manter-se afastados dos recintos escolares e entrar em contacto com o SNS24.
E se existir um suspeito de Covid-19?
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) ainda está a preparar um manual com regras sanitárias para o regresso às aulas. O documento só vai ser divulgado a 7 de Setembro.
Ainda assim, as escolas já receberam em Julho algumas orientações sobre como actuar em caso suspeito de covid-19. Todas as instituições de ensino devem ter um plano de contingência, com todos os procedimentos a adoptar nestas situações.
Assim, quando for identificado um caso suspeito de covid-19, deve ser encaminhado para a área de isolamento, devidamente equipada com telefone, cadeira, água e alguns alimentos não perecíveis, e ter acesso a uma instalação sanitária.
Depois deve ser contactado o SNS24, as autoridades de saúde locais e os encarregados de educação.