Guardas prisionais do Linhó começam hoje mais um mês de greve

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) convocou uma greve total na prisão do Linhó, em Sintra, a partir deste sábado – e até 28 de fevereiro.

Na origem da paralisação está a “contínua falta de condições de segurança no Estabelecimento Prisional do Linhó, como as agressões a elementos do Corpo da Guarda Prisional comprovam” e a “não resolução de problemas elencados na última reunião entre os representantes do SNCGP, da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e do estabelecimento prisional”.

A greve vai começar à meia-noite deste sábado e terminará às 23:59 de 28 de fevereiro.

Em declarações à Lusa, o presidente do SNCGP, Frederico Morais, sublinhou que esta greve “só terminará quando houver segurança” na cadeia do Linhó, considerando, por isso, que a paralisação poderá continuar depois do dia 28 de fevereiro, caso não sejam feitas alterações.

Frederico Morais disse ainda que o sindicato vai “exigir que os serviços mínimos sejam cumpridos e, caso não sejam, será apresentada queixa contra quem impedir que o direito à greve seja exercido”.

O pré-aviso de greve do sindicato que representa cerca de 3.600 guardas prisionais foi enviado ao primeiro-ministro, ministro de Estado e das Finanças, ministra da Justiça, ministro da Economia, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, secretário de Estado da Administração Pública, diretora-geral da Administração e Emprego Público, diretor-geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais e diretora do Estabelecimento Prisional do Linhó.

Nesta cadeia, em dezembro, os reclusos estiveram sem água durante vários dias, devido a falhas na canalização. Na altura, a DGRSP explicou que a normalidade foi garantida através da disponibilização de água engarrafada e da permissão de acesso às torneiras dos pátios para uso sanitário.