Grupo de vigilantes incendeia 35 autocarros públicos no Rio de Janeiro e provoca o caos

A principal máfia parapolicial do Rio de Janeiro desencadeou o caos na passada segunda-feira, em retaliação pela morte de um dos seus chefes durante uma operação policial. Os criminosos realizaram um ataque simultâneo e coordenado que resultou na destruição de 35 autocarros. As autoridades decretaram o alerta e suspenderam parte das linhas de transporte terrestre da cidade, o que provocou o colapso do trânsito em diversas zonas da segunda maior cidade do Brasil.

O motivo dos distúrbios está a morte do número 2 da hierarquia desta máfia: Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, sobrinho e braço-direito do líder do grupo, foi morto a tiro. De acordo com o governador Claudio Castro, foi o “responsável pelas guerras territoriais que aterrorizam os moradores do Rio”.

Os incidentes afetaram pelo menos sete bairros – onde moram mais de um milhão de cariocas – da cidade, com as autoridades a avançarem para a suspensão das aulas nas escolas da zona oeste do Rio.

Nos últimos anos, as milícias, grupos criminosos formados por políticas e militares reformados ou no ativo que se dedicam à extorsão e tráfico de droga, vêm ganhando poder e conquistar território dos traficantes clássicos. Nasceram sob o argumento de controlo dos bairros para combater o tráfico de droga, mas passaram a dominar mais bairros do que os traficantes.

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