Greve de professores e não docentes termina hoje com concentração no Parlamento. STOP espera “grande adesão” e admite mais protestos

Termina hoje a greve de professores e funcionários contra o próximo Orçamento do Estado que começou no dia 13 de novembro, convocada pelo Sindicato de Todos os Profissional de Educação (Stop). Para hoje, está marcada uma concentração, organizada por esta estrutura sindical, junto à Assembleia da República, no dia da votação final global do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

O STOP adianta à Executive Digest que faz um balanço “bastante positivo” da greve das últimas semanas e que hoje espera “grande adesão” na concentração junto à Assembleia da República, que foi preparada ao detalhe.

Já ontem, a greve do STOP afetou várias escolas no Algarve, que viram concertações de professores à porta.

“São reivindicações de professores e também de pessoal não docente. Queremos justiça, porque temos sido roubados. Exigimos o direito à Caixa Geral de Aposentações para todos, os docentes e não docentes, exigimos equidade entre os docentes do continente e os dos arquipélagos, mais assistentes operacionais nas escolas, e acabar com os salários miseráveis que têm”, afirmou aos jornalistas o dirigente sindical André Pestana.

“Com tanto dinheiro que este País tem, com uma receita fiscal extra de mais 2 mil milhões de euros, e continuamos a ter alunos sem professor a uma ou mais disciplinas, continuamos a ter crianças com necessidades educativas especiais e sem os psicólogos e terapeutas que precisavam…”, lamentou André Pestana.

Perante esta realidade, o responsável sindical admite que a estrutura continue com mais protestos. “Não vamos parar enquanto não tiverem estas reivindicações em cima da mesa, por exemplo, do Orçamento do Estado”, sublinhou André Pestana.

A greve, devido ao “terramoto político” causado pela Operação Influencer, que levou à queda do Governo, chegou a estar em risco: “Quando o Sr. Presidente da República aceitou a demissão, as pessoas acharam, durante algum tempo, que seria expectável não haver votação do OE e isso gerou algumas dúvidas nas escolas sobre se iria continuar de pé a greve”.

O sindicato esteve reunido nessa altura para avaliar a possibilidade de suspender a iniciativa, mas decidiu manter a paralisação.

O Stop critica a proposta de OE2024 para o setor da educação, considerando que “não investe, efetivamente, na escola pública, nem na dignificação de todos os que lá trabalham e estudam”.

O STOP apela para que hoje “todos participem na concentração e protesto nacional que se irá realizar em frente à Assembleia da República, no dia da votação final do orçamento. Será uma demonstração de que a luta vai continuar”.

*Com Lusa

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