“Grandes bancos vão ter de ponderar seriamente entrar no mercado dos criptoativos dentro de três anos”, defende ex-CEO do Citigroup
“Dentro de três anos todos os grandes bancos e sociedades de investimento vão ponderar seriamente entrar no mercado dos criptoativos”. A opinião é de Vikram Pandit, antigo CEO do gigante bancário Citigroup, proferida em entrevista à Bloomberg TV, à margem do ‘Fintech Festival’, em Singapura.
Pandit liderou o Citigroup como CEO de 2007 a 2012, tendo depois fundado a empresa de investimento focada em tecnologia The Orogen Group.
Uma série de instituições financeiras e empresas têm entrado no espaço ‘crypto’, no último ano, incluindo BlackRock, Mastercard e BNY Mellon.
Os líderes de Wall Street viraram o nariz quando a Bitcoin explodiu há mais de uma década,agora estão a pagar (e bem) aos colaboradores, especializados em tecnologia ‘blockchain’.
Alguns dos maiores bancos e empresas financeiras contrataram cerca de 1.000 trabalhadores desde 2018, de acordo com a Revelio Labs. JPMorgan, Wells Fargo, Citigroup, Morgan Stanley e Goldman Sachs são os maiores recrutadores.
A maioria das empresas recusou-se a comentar os dados ou a fornecer números de contratação, ou não respondeu aos pedidos de comentários. O Citigroup disse em comunicado que os clientes “estão cada vez mais interessados em criptomoedas e que está a monitorizar o desenvolvimento de forma ponderada à luz de vários fatores como a regulação”.
Peter Thiel, o investidor multimilionário do ramo da tecnologia e conhecido mecenas do Partido Republicano nos EUA, explicou esta quarta-feira, durante uma conferência em Miami, que a subida do preço da Bitcoin pode significar que os bancos “estão em maus lençóis”.
“Deveriam comprar Bitcoin. Sinto que investi pouco neste ativo”, referiu o milionário, perante uma plateia. Thiel explicou que só hesitou em investir, por achar que o “segredo” da “criptoqueen” “já é conhecido por todos”, tendo concluído que afinal “ainda vai demorar até termos todas as respostas”, sobre os movimentos da cotação da Bitcoin. “Se calhar ainda é um segredo”, rematou.
Para o investidor, o mercado ‘crypto’ é uma “força para a descentralização”, e consequentemente “a inteligência artificial, especialmente a ligada à vigilância, é essencialmente comunista, porque é uma força de centralização”.