Grande operação de compra da Iberdrola nos Estados Unidos por um fio?
O negócio de compra da US PNM Resources pela subsidiária da Iberdrola Avangrid poderá estar por um fio depois de a maioria dos reguladores do Novo México ter manifestado esta sexta-feira a oposição à oferta de aquisição de mais de 3,80 mil milhões de euros (4,3 mil milhões de dólares).
O ‘Cinco Días’ dá conta de que três dos cinco comissários da Comissão de Regulação Pública do Novo México concordaram com a opinião de um examinador anterior, que recomendou que a agência rejeitasse o negócio porque os danos potenciais da transação superariam os benefícios.
Os comissários citaram algumas preocupações que dizem respeito à capacidade de regulamentar potenciais conflitos de interesse na estrutura corporativa do proprietário espanhol da Avangrid, bem como outras preocupações éticas e o histórico pouco positivo da Avangrid com concessionárias de serviços públicos no nordeste dos Estados Unidos.
“A empresa tem um histórico péssimo na gestão de serviços públicos nos EUA”, comentou o presidente da Comissão, Stephen Fischmann, acerca da Iberdrola.
As ações da PNM registaram a maior quebra desde junho do ano passado – 6,7% -, enquanto as ações da Avangrid caíram 2,65%.
Contudo, os comissários ainda não realizaram uma votação formal sobre a transação e os reguladores indicaram que podem estar abertos para voltar a discutir o caso para considerar novas modificações do acordo.
Num comunicado público, vários executivos da PNM Resources e da Avangrid defenderam a operação.
Contudo, de acordo com a CEO Patricia Vincent-Collawn, a PNM precisa da força financeira da Avangrid para ajudar a concessionária a continuar a fornecer energia “acessível, confiável e sustentável”.
“Esta fusão é para onde o Novo México deve ir se quisermos ser um líder em energia renovável”, sublinhou a executiva.