Governo vai estudar “outras formas de recrutamento voluntário” para as Forças Armadas

O Governo vai “estudar outras formas de recrutamento voluntário” para as Forças Armadas, algo que não constou do programa eleitoral da Aliança Democrática mas vai de encontro ao que é defendido por vários militares para ultrapassar as dificuldades de atração de voluntários, revelou esta quarta-feira o jornal ‘Público’.

O regresso do Serviço Militar Obrigatório ou uma espécie de novo serviço cívico, o que mudaria o atual modelo do Dia de Defesa Nacional, são opções em cima da mesa. “A eventual reintrodução do serviço militar obrigatório não deverá ser vista numa lógica redutora de solucionamento de carência de efetivos, mas através de uma abordagem abrangente de criação de uma prestação de serviço nacional e universal de natureza cívica”, defendeu, no passado dia 1, o chefe do EMGFA (Estado-Maior General das Forças Armadas), o general Nunes da Fonseca.

No seu programa, o Governo mantém a promessa de “encetar um processo de negociação para a melhoria significativa das condições salariais em geral e, em particular, da categoria de praças, para garantir o recrutamento de voluntários necessários para atingir os efetivos autorizados”, assim como “reforçar os incentivos para os militares contratados”, “ponderar o alargamento do apoio social complementar aos militares em regime de voluntariado, contrato e contrato especial” e “aperfeiçoar os mecanismos de reinserção dos militares na vida civil”.

O programa do Governo é mais extenso que constou no programa eleitoral, onde se compromete a investir mais na indústria de Defesa.