Governo só vai agir no aumento dos combustíveis “se for absolutamente necessário”, garante Medina

O Governo só vai agir com a subida dos preços dos combustíveis se for “absolutamente necessário”, informou esta terça-feira Fernando Medina, ministro das Finanças.

O preço dos combustíveis está a atingir valores recorde, depois da subida, esta semana, de 6 cêntimos no gasóleo e meio cêntimo na gasolina 95.

O Executivo está pressionado a baixar os impostos dos combustíveis: a oposição acusa o Governo de estar a aproveitar o momento para fazer entrar mais dinheiro nos cofres do Estado e o Presidente da República referiu que o “Governo está atento a este problema e certamente está a preparar medidas ou, pelo menos, formas de mitigar a situação, porque é uma situação que está a pesar muito na inflação em Portugal e noutros países europeus. Quer dizer, a nossa ainda é relativamente baixa, mas, dentro da nossa inflação, não há dúvida que os combustíveis, como na Europa e no mundo, estão outra vez a pesar muito”, referiu.

“Não há qualquer subida da carga fiscal”, apontou Fernando Medina. “Estamos a avaliar o que é que vai acontecer. Já demos mostras de capacidade e vontade de agir no sentido de proteger as famílias quando tal se torna absolutamente necessário.”

O consumo de combustíveis atingiu, em 2023, os valores mais elevados da última década, apesar dos preços registar valores recorde este verão, que coincidiu com a decisão do Ministério das Finanças em manter inalterado o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) – “O Governo mantém a redução de impostos inalterada” perante o aumento de preços verificados em agosto, segundo um comunicado do início deste mês, que dá conta que se mantém inalterado o desconto no ISP em vigor, e que se traduz num desconto de 13,1 cêntimos por litro no gasóleo e de 15,3 cêntimos por litro na gasolina.