Governo espanhol envolvido em polémica: ex-assessor de Sánchez acusado de 20 crimes por ter escondido património em Portugal. Empresas em Elvas sob investigação
O Governo espanhol está envolvido num novo escândalo. As empresas de um ex-assessor do PSOE, Koldo García, terã branqueado dinheiro de contratos entre o Governo de Pedro Sánchez e o presidente do clube de futebol Zamora: o antigo assessor do ministro dos Transportes de Espanha, José Ábalos, tem empresas e propriedades em Portugal que estão registadas em nome do presidente do clube, Víctor de Aldama, e de mais quatro sócios.
As empresas, de acordo com o jornal ‘Expresso’, estão situadas nos arredores de Elvas, todas situadas na mesma morada – um espaço vazio de escritórios: a rede serviria para branquear subornos em diferentes investimentos, num valor global que terá gerado um mínimo de 10 milhões de euros.
De acordo com o Ministério Público espanhol, aos envolvidos foram já atribuídos cerca de 20 crimes de organização criminosa, tráfico de influência, corrupção passiva e branqueamento de capitais.
Víctor de Aldama, segundo um relatório judicial divulgado este ano, “colocou bens dos quais é proprietário em nome de empresas constituídas em Portugal”, para assim “se esquivar a sanções económicas da Autoridade Tributária espanhola”. A empresa ‘Soluciones de Gestión’ recebeu 55 milhões de euros em adjudicações públicas do Governo espanhol, para a compra de equipamentos durante a pandemia, que foram usados em património.
Entre os quais um Ferrari F12, “adquirido com parte dos fundos investigados e colocado em nome de uma sociedade portuguesa”, assim como bens imobiliários, como uma casa situada numa urbanização em Madrid por 2 milhões de euros”. Numa escuta, aliás, é possível ouvir-se Aldama gabar-se de ter “sacado o património todo para Portugal” como solução para os elevados impostos em Espanha.