Goldman Sachs alerta: Brexit ‘sem acordo’ será mais dispendioso para o Reino Unido do que a covid-19

O golpe para o Reino Unido de não conseguir chegar a um acordo comercial com a União Europeia seria mais dispendioso do que lidar com o novo coronavírus, alertam os economistas da Goldman Sachs.

De facto, o banco de investimento disse que as consequências de um desfecho sem acordo seriam provavelmente “duas a três vezes superiores” do que as da “pior pandemia testemunhada na história do pós-guerra”.

O governo do Reino Unido desafiou, na última semana, os compromissos anteriores assumidos com a União Europeia (UE), aumentando as probabilidades de ambas as partes não conseguirem chegar a um acordo comercial antes do final do ano. Este resultado de “no-deal” (sem acordo) resultaria em custos mais elevados para os exportadores de ambos os lados, de acordo com a Goldman Sachs.

Como indica a CNBC, alguns analistas sugeriram que estes custos se misturariam com o impacto da pandemia sobre a economia do Reino Unido, tornando difícil determinar qual a verdadeira fonte de prejuízo económica nos próximos anos. No entanto, os economistas do grupo financeiro multinacional discordam.

“Estamos cépticos em relação ao argumento de que a mera escala das consequências económicas da covid-19 vai encobrir o impacto económico de uma ruptura nas negociações do Brexit”, disseram numa nota de investigação publicada esta segunda-feira.

O banco de investimento argumentou que as indústrias mais atingidas pela pandemia – tais como as indústrias recreativas, alimentares e de bebidas, e as empresas grossistas – são diferentes dos sectores mais susceptíveis de serem punidos pela saída do Reino Unido da União Europeia, que incluem as empresas químicas, têxteis e de equipamento eléctrico.

A União Europeia e o Reino Unido afirmam que continuam em estreito contacto e que os planos de ter outra ronda de conversações comerciais, no final do mês, ainda estão em cima da mesa.

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