Goldman Sach estima que sejam necessárias mais subidas de taxas do BCE para controlar a inflação

O Banco Central Europeu (BCE) começou a aumentar as taxas de juro em julho pela primeira vez em onze anos em meio ponto percentual, e em setembro voltou a aumentá-las em três quartos de ponto percentual, para 1,25%, devido à inflação elevada na Europa.

Na mais recente nota de research do Goldman Sachs a que a ‘Executive Digest’ teve acesso, o banco norte-americano prevê aumentos das taxas de depósito perto de 200 pontos base como algo necessário para colocar a inflação de volta ao alvo do banco central.

“No seu conjunto, as nossas estimativas sugerem que serão necessários novos aumentos da taxa de depósitos próximos dos 200 pontos base para devolver a inflação ao alvo. Embora as nossas estimativas apontem para a necessidade de uma série de restrição adicional, todas sugerem que são necessários mais passos significativos para arrefecer a inflação.”

No entanto, os economistas ressalvam na análise que estas estimativas estão sujeitas a uma grande incerteza.

“Por um lado, um aumento adicional das pressões inflacionistas – que leva a efeitos de segunda ordem nas expectativas de inflação e crescimento salarial – poderia exigir até 250 pontos base de aperto adicional. Por outro lado, estimamos que o BCE poderá apenas necessitar de um aperto adicional de 125 pontos base se as condições de financiamento se tornarem exógenas, por exemplo, através da emergência do risco fundamental de fragmentação no Sul da Europa.”

Por fim, a análise reitera a opinião de que o Conselho do BCE vai aumentar as taxas para 2,75% em fevereiro.

“No seu conjunto, o cenário apoia a nossa opinião de que a taxa de depósito irá aumentar substancialmente mais, tendo em conta as pressões inflacionistas em curso.”

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