Gigante do imobiliário chinês Evergrande tem até hoje para apresentar plano para dívida ou será liquidado

A gigante do imobiliário chinesa Evergrande tem até hoje para apresentar um plano de reestruturação das suas dívidas multimilionárias e garantir sua sobrevivência.

A Evergrande deixou de pagar a sua dívida offshore há quase dois anos e tem estado no centro da crise do setor imobiliário da China. Atualmente a empresa acumula dívidas superiores a 300 mil milhões de euros.

“Este caso deveria ter uma última oportunidade para ver se pode apresentar uma proposta de reestruturação revista utilizando ações através de outras grandes empresas operadoras de ativos e injetar capital no veículo de reestruturação”, disse a juíza Linda Chan preside o grande acerto de contas financeiro da China.

Depois de ter sido adiado o julgamento no dia 30 de outubro, a juíza confirmou que este seria o último adiamento do caso. Este último adiamento teve como intuito permitir à empresa chegar a um acordo que daria condições melhores aos credores do que em caso de liquidação.

Linda Chan sublinhou que a a Evergrande precisa de apresentar um plano “concreto”, caso contrário será liquidado.

A empresa estará a trabalhar numa proposta de reestruturação há quase dois anos, mas a súbita detenção do fundador, Hui Ka Yan, por suspeita de atividades criminosas, complicou os planos da empresa.

A Evergrande registou um prejuízo de cerca de 4.200 milhões de euros (33.012 milhões de yuans), no primeiro semestre do ano.

A empresa, que em 2020 faturou 1.001 milhões de euros (8.076 milhões de yuans), indicou ainda que, no final de junho deste ano, o seu passivo total (despesas, dívidas e obrigações financeiras) ascendia a cerca de 303.752 milhões de euros (2,38 biliões de yuans), 2,02% inferior ao do ano anterior, mas cerca de 25% superior ao do final de 2020.

Deste montante, 79.463 milhões de euros (624.765 milhões de yuans) correspondem a empréstimos, o que representa um aumento de 2,02% face ao final de 2022.

Em setembro, a Evergrande disse que não foi capaz de emitir nova dívida devido a uma investigação do regulador de valores mobiliários da China sobre uma subsidiária importante, o Hengda Real Estate Group.

Ler Mais