Gigante da aeronáutica norte-americana atira mais de 12 mil para o desemprego

A gigante da aeronáutica norte-americana Boeing anunciou o despedimento de mais de 12 mil trabalhadores, numa tentativa de tentar reduzir os custos, devido à pandemia de Covid-19.

No último mês, altos cargos da empresa têm avançado que o objectivo é reduzir em 10% os mais de 160 mil postos de trabalho da empresa. «Na sequência do anúncio de redução da força que fizemos no mês passado, concluímos o nosso programa de despedimento voluntário», disse o CEO Dave Calhoun numa nota interna, a que a “CNBC” teve acesso, sublinhando que a empresa chegou ao «infeliz momento de ter de iniciar despedimentos involuntários».

«Esta semana vamos notificar os primeiros 6.770 elementos da nossa equipa americana que serão afectados», revelou Calhoun. Nos próximos meses, serão despedidos outros 5.520 trabalhadores.

Muito afectada devido à crise na aviação provocada pela Covid-19, a Boeing já vinha a debater-se com a mais grave crise da sua história há algum tempo por causa da crise do modelo 737 MAX, que protagonizou dois trágicos acidentes, na Indonésia (2018) e na Etiópia (2019). Em menos de cinco meses, estes acidentes provocaram 346 vítimas mortais.

No final de Abril, a Boeing anunciou o lançamento de oferta de títulos no valor de 25 mil milhões de dólares (23 mil milhões de euros), que inclui instrumentos de dívida, renunciando, assim, aos 17 mil milhões de dólares que lhe foram prometidos através do plano de renascimento da economia norte-americana votado pelo Congresso.






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