Gates descreve «o dia em que soube o que queria fazer o resto da vida»

Se tivessem perguntado a Bill Gates, quando tinha pouco mais de 20 anos, se se retiraria cedo da Microsoft, o gestor e filantropo teria respondido: «Estás louco».

É desta forma que um dos homens mais ricos do mundo começa um texto no seu blog que descreve um percurso de crescimento que o levou ao reconhecimento mundial.

Gates revela que nessa altura era difícil pensar em alguma coisa que gostasse mais de fazer do que desenvolver a Microsoft. Mas aos 45 anos, a sua perspectiva mudou, após uma acção interposta pelo Governo norte-americano relativa a práticas anticoncorrenciais. A partir daí, conta, desapareceu parte da alegria que retirava do trabalho, ao mesmo tempo que a sua visão sobre o mundo se alargava.

Em 2000, Bill Gates e Melinda lançaram a The Gates Foundation, para onde transferiram acções da Microsoft no valor de 20 mil milhões de dólares, com o intuito de reduzir a igualdade no mundo.

Convidado pelo «bom amigo» Warren Buffett, em 2001, a discursar sobre a saúde mundial para uma plateia de líderes de negócios, Bill Gates afirma que se sentiu energizado e que conseguiu claramente ver o caminho que iria seguir depois de ter saído do gigante tecnológico que construiu. Acabou por sair da Microsoft «quase uma década mais cedo do que tinha planeado. O discurso de 2001 foi um passo, um momento privado, que conduziu a essa decisão. Esse foi o dia em que soube o que queria fazer o resto da vida», garante.